domingo, 25 de abril de 2010

deriva


imagem: g eniac/flickr

À míngua
É como me sinto
Quando assento
O olhar
Em tua fresca beleza
À deriva
É como me vejo
Quando cedo
E navego
Em teu olhar cerejado
E serenados cabelos.
Quando mordo teus olhos
E me vejo em tua boca
Eu me queimo, poesia,
E me diluo em ti
Como palavra inventada
Como ritmo e coisa
Outra
Que corta a respiração.
E ofego
E cego
A lua dança,líquida,
Na ponta da minha língua.
Lualualuar
Luau de maio
Prenúncio de alvuras
na hora nua.

4 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

a deriva, é assim que me sinto...
Achei lindo esse jogo de distância e proximidade, de tão grande e pequeno ao mesmo tempo...
assim me sinto as vezes, quando estou perto de quem deixo tão grande!

bjs

tania não desista disse...

à míngua..`a deriva...não importa!
amar...amar...amar.AMAR!
...simplesmente!
lindo danilo!
bj
taniamariza

Adriana Godoy disse...

Fiquei à deriva, num barco de sentimentos...Danilo, sinto que está meio romântico. Um novo amor? Ah! Esses poetas, no fundo são todos iguais(no bom sentido), mas a sua poesia é rara. beijo.

nina rizzi disse...

nossa, tava na casa das musas?
a sua palavra salva, camarada.

um beijo.