domingo, 30 de maio de 2010

janelas

ela. ele.
a janela
pós tempestade.
a lua
clarear caminhos
adivinhar carinhos.
mas a mão
já não
se lembra do gesto
do gosto
do outro. E o embate entre eros e tanatos absorve os corpos.

pós tempestades
ciclones interiores
não mordem a isca
não se rendem à lua
e seus apelos.
No teto, mimam os gatos, a tanatos indiferentes
em seus balés barulhentos.

a lua a chuva a lua
a mão fria, na luva,olhos foscos, corpos frouxos
e os caminhos
a se perder de vista
na vastidão.

ele. ela.
quantas janelas abertas
para a imensidão?
mas eles já não.

5 comentários:

nina rizzi disse...

ah, como era triste dizer adeus...

Márcia de Albuquerque Alves disse...

"quantas janelas abertas
para imensidão?"

Ahhh que verdadeiro!
Adorei
bjs

Adriana Godoy disse...

Maravilhoso, Danilo...embora mais não! Bom te ler, de verdade. beijo.

Moisés de Carvalho disse...

maravilha...!
adorei a construção...coisa de gente grande !

sempre é bom passar por aqui e me deleitar com seus poemas !

grande abraço pra voce , danilo !

anamineira disse...

Fiquei de novo sem comentar...
Seus poemas me deixam muda.
Um abraço apertadim,